Há muita propaganda e pouca
identificação. Há muito turismo missionário e pouca inserção. Como as igrejas
estão testemunhando de Cristo? Devemos ser corajosos para avaliar as
estratégias e métodos que usamos para comunicar o Evangelho. Não é suficiente
usar do “marketing” e da “mídia” para o anúncio das Boas Novas. Também o turismo missionário somente nos
serve para conhecer e manter trabalhos denominacionais nos bairros das grandes
cidades e interiores do país. A grande questão é: “estamos dispostos a encarnar
nos contextos sociais, urbanos e rurais, no meio das pessoas de modo comum”?
Não precisamos de “avivamento
coreográfico”. Isso não produz absolutamente nada apenas gritaria e
sensacionalismo. Necessitamos urgentemente saber o que é evangelizar segundo a
“evangelização de Jesus Cristo”. Sem uma interpretação correta da Sua missão,
não há missão da igreja. Precisamos rejeitar idéias usadas pelo movimento
evangélico que nada mais são do que métodos utilizados pelo mundo empresarial e
de mercado. Precisamos de uma missão parecida com a de Jesus de Nazaré.
Precisamos parar de “pescar no aquário” de outros.
Para que cumpramos nossa missão
devemos redescobrir a “encarnação de Cristo como modelo de nossa missão”.
A
nossa missão deve ser estimulada e fundamentada pela missão de Cristo. Devemos
nos perguntar: O que é a missão de Cristo? Como Cristo falava? Como Cristo
ensinava? Como Cristo curava? Enfim, como Cristo se envolvia com seu mundo? Então
vamos achar as respostas e seremos desafiados pelas suas palavras: “assim como
o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21). Jesus Cristo, portanto é o
modelo para que nós realizemos nossa missão. Devemos seguir o padrão que o Pai
usou para enviar seu Filho.
Enquanto a igreja não abrir mão da
situação econômica, isto é, parar de pensar só em dinheiro e se contextualizar no
meio das pessoas e comunidades não haverá missão de Cristo. Enquanto a igreja
não “arregaçar as mangas” e “colocar os pés na lama”, a evangelização não será verdadeira.
Identificar-se com Cristo é se
envolver com pessoas, as mais diferentes e as mais variadas. Quanto mais nos
identificamos com Cristo mais nos envolvemos com mundo a nossa volta. O
contrário também é verdade. Portanto nossa missão tem que ser mais do que proclamação verbal. Deve ser de serviço,
encarnado na vivência da gente, deve ser modelado pelo jeito de Cristo, apaixonado,
com sentimento e dinamizado pela criatividade e inteligência de cada um.
Nossa
evangelização deveria não ser feita de discursos e sim de atos de amor, de
justiça e de misericórdia. O mundo cansou de ouvir discurso!
Rev. Luiz Augusto